Batarias e Bunkers [WP3]
IR: Inês Moreira
Arquitecturas robustas e paisagens desmilitarizadas em transição, como as batarias e os bunkers costeiros, fazem parte dos legados do período pós-Segunda Guerra Mundial que, perdendo função tática e bélica, resistem agora indefesas e expostas a ataques já não por mar, mas por trespasse em terra. Esta pesquisa centra-se na condição vivida após o descomissionamento militar de sítios com passado de defesa nacional, centrando-se nos locais do antigo Plano Barron português cuja arquitectura robusta, estruturas subterrâneas e implantação panorâmica privilegiada os torna em locais de distintas apropriações civis para actividades informais, lúdicas e radicais.
A sua condição contemporânea destas arquitecturas ressoa com os imaginários populares e dos videojogos (dos urban explorers, ao paintball) à medida que informalmente se transformam em zonas renaturalizadas e em progressiva re-apropriação pelos elementos naturais e por seres não-humanos. Abandonados, os locais ostentam uma disfunção entre lugares de celebração da memória da Defesa Nacional e a degradação física progressiva, enquanto aguardam por novos usos, seja como património militar ou como terreno para desenvolvimento turístico e imobiliário.
Este workpackage do projecto Extreme Sites reúne pesquisa específica sobre o Plano Barron iniciada em 2022 e elaborada ao longo do ano de 2023.
*Pesquisa iniciada em colaboração com a Universidade Lusófona de Lisboa no workshop sobre o Plano Barron e afiliada ao CEAA-ESAP desde 2023.
Equipa
Inês Moreira
Beatriz Duarte
Flora Paim