Resumo
O reconhecimento de toda a importância à espessura enquanto instrumento de uma expressividade especial vai permitir reconhecer seguidamente aquilo a que podemos chamar uma poética de paredes delgadas e uma poética de paredes espessas. A espessura é, portanto, o primeiro “parâmetro em surdina” de que trata este trabalho.
O segundo “parâmetro em surdina” considerado nesta investigação é uma qualidade específica de espaço que podemos investir de responsabilidades particulares seja no campo expressivo seja no campo das preocupações sociais. Concretamente trata-se do espaço-transição.
A reflexão sobre as implicações espaciais destes dois parâmetros é seguida da análise de exemplos referenciáveis internacionais e da arquitectura portuguesa, numa proposta de releitura crítica que vem demonstrar a importância espessura e do espaço-transição enquanto valores expressivos da arquitectura.